Festa de Nossa Senhora do Rosário
Guarda de Moçambique – Bairro João Pinheiro
Belo Horizonte/ MG
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Os Arturos constituem um agrupamento familiar de negros que habitam uma propriedade particular em terras no município de Contagem-MG, no local denominado Domingos Pereira. Caracterizam-se basicamente pela manutenção da cultura negra, recebida dos ancestrais e conservada na experiência do sagrado: são as festas religiosas que fazem do grupo um universo à parte, quando os Arturos se transmutam em filhos do Rosário.
A origem da comunidade é o negro Arthur Camilo Silvério e sua esposa, Carmelinda Maria da Silva – elos primeiros da grande família. É através de Arthur (pai) que se formam os Arturos (descendentes) e a marca do nome atesta a força da ancestralidade: filhos, netos e bisnetos de Arthur são hoje ARTUROS, família mantida e alimentada pela raiz inicial.
Remonta há cerca de um século a memória da comunidade negra dos ARTUROS no território de Contagem. A importância desse grupo étnico, no contexto cultural, extrapolou nossas fronteiras ganhando reconhecimento internancional.
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Este ano, ao contrário dos outros, lá estive apenas no domingo, e por pouco tempo. Além das fotos fiz um vídeo-experimental usando uma trilha do filme “The Power of One”, que mostra bem o clima local. O link está no final deste post.
Veja o vídeo com outras fotos no
http://www.youtube.com/watch?v=OriwE2_ON7s
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A principal manifestação folclórico-religiosa serrana, que está para completar 300 anos, pode ser apreciada por ocasião da Festa do Rosário, no primeiro final de semana de julho. É formada principalmente pelos grupos de Caboclos, Catopês, Marujos, pelo Reinado e pela “Caixa de Assovio”. Retrata ricas tradições, conservando elementos das três principais raças que contribuíram para a formação do povo brasileiro e serrano. Este sincretismo não esconde, no entanto, a capacidade dos negros de continuarem cultuando suas tradições, através da incorporação da divindade dos brancos, a Nossa Senhora do Rosário.
No Reinado do Rosário, o Rei, a Rainha, os dois Juízes e as duas Juízas da festa, acompanhados do cortejo real (mucamas e cavalheiros), desfilam solenemente pelas ruas sob guarda-chuvas, o que segundo alguns, representam “reminiscências dos para-sóis como símbolos realengos entre os povos orientais, desde a remota Assíria”.
Os catopês (origem na palavra “candomblê”) despertam a curiosidade por causa de suas vestes: são cobertos de plumas de emas, peito enfeitado com espelhos e colares, com capas multicores às costas. Tocam tambores, tamborins, xique-xiques e reco-recos. Atualmente, desfilam na festa dois grupos de catopês: o do Serro e o da localidade do Baú, do distrito de Milho Verde.
Já os marujos, se trajam de uniformes nas cores branca e azul e tocam violas, violões, cavaquinhos, bandolins, xique-xiques, pandeiros e caixas de couro.
E, finalmente, os caboclos, de flechas em punho, com capacetes e saiotes enfeitados com penas coloridas, pulseiras, colares, peseiras e pinturas no rosto.
veja mais em:
http://consueloabreu.multiply.com/photos
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Vou postar as fotos antes da Procissão, que aconteceu à tardinha,
neste último domingo de maio, em Lagoa Santa.
Depois dela é outra história. Um outro álbum.
Beijei o “meu Divino”, tanta fé, tanto amor,
há de ter abençoado também os registros que fiz.
Mais uma vez, a presença do Candombe, a manifestação mais antiga
antes mesmo dos congados…
O Candombe da Várzea e de N.Sra. do Rosário (que lá estiveram), se funde aos candombes do Matição (Jaboticatubas) e do Açude (Serra do Cipó). Todos remanescentes de quilombo, alguns, de quilombo mesmo.
Encontrar os três numa roda de fogueira é o máximo do máximo. Ainda os verei!
Mas todos eles tem o seu valor, inda mais que atiçam o fervor de cada um,
e a roda roda e tem sempre quem bata um tambor ou cante ou dance, enfim tocando, dançando e vivando os santos.
Só vendo para entender e sentir os anscestrais, com respeito e fervor, cantinando aos pés do Santo.
Experiência sem par.
Seguem as fotos sem muita ordem.
Só registros do que vivenciei.
tem mais aqui:
http://consueloabreu.multiply.com/photos/album/14/Festa_do_Divino
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Deus sempre negro e até branco às vezes,
Deus de todas as cores e de nenhuma cor,
Proximidade fraterna em Jesus de Nazaré
E sempre mistério insondável:
Concede ao Povo Negro desta nossa Afroamérica
E da África Mãe
E de todo o Mundo
A perseverante lucidez de seus ancestrais
E a teimosa resistência de seus lutadores e mártires,
Para conquistarem plenamente seus direitos
Como pessoas e como Povo;
E concede-nos a todos
De todas as cores
Uma infinita negra solidariedade
Axé, Amém, Aleluia!
(Dom Pedro Casaldáliga)